Como todos sabemos existe uma grande diferença entre a teoria e a prática. Costumo explicar esta diferença com dois exemplos simples. A teoria pode corresponder a por exemplo ver um mapa e programar uma viagem, a prática, se dá quando você chega ao local. Por mais que você tenha planeja do tudo certinho, normalmente alguma coisa é deferente. Quando você chega ao local, você vive a experiência.
Da mesma forma você pode ler muitos cardápios e saber tudo sobre comidas. Saber os valores nutricionais, como são preparadas e cada detalhes que você deseje. Você pode saber tudo a nível da teoria, mas, provavelmente, enquanto não comer você não vai ter matado sua fome. Neste caso, comer e a prática que pode saciar sua fome e muitas vezes é completamente diferente der ver no cardápio. Ainda bem que os cardápios hoje em dia, colocam: foto meramente ilustrativa… e claro que é assim, pois a foto é apenas uma representação e o que pode ser agradável aos seus olhos, pode não ser agradável ao seu paladar. Ou seja, é preciso comer para sentir o gosto da comida.
Com o mindfulness é a mesma coisa. Você pode aprender a teoria e alguns conceitos, pode até ter feito algumas práticas, mas enquanto não fizer parte da sua vida, talvez você não sinta os verdadeiros impactos e benefícios do mesmo. Não se trata de um comprimido que você toma e pronto. Se trata de uma prática diária, um estilo de vida, é uma atividade regular e progressiva. Como tudo na via, quando mais você pratica, mais você desenvolve suas habilidades em mindfulness.
Embora estar presente exija um esforço consistente da mente, tal como a técnica de meditação, o tipo de esforço que é exigido é sem esforço. O esforço é, simplesmente, lembrar-se de notar quando foi que ficou embrenhado em pensamentos ou sentimento e, nesse momento, redirecionar sua atenção para o foco particular. Não importa se o foco é o sabor da comida que está a ingerir, o movimento do seu braço enquanto abre e fecha uma porta, o peso do seu corpo na cadeira debaixo de si, a sensação da água na sua pele enquanto toma banho, o som do seu coração em repouso ou durante atividade física, a sensação de um abraço, o cheiro da pasta enquanto escova os dentes ou mesmo o simples fato de beber um copo com água. A atenção plena pode ser aplicada à mínima coisa que se faz – sem exceções. Poder ser aplicado em atividade passivas ou dinâmicas, no interior ou exterior, no trabalho ou no lazer, sozinho ou acompanhado.
O que estamos falando é que não existe apenas uma forma específica de praticar mindfulness, não há necessidade de fechar os olhos nem de se concentrar na respiração.
Mais uma vez, mindfulness significa estar presente, consciente do que está fazendo, sem julgamento. É estar consciente do que está fazendo e como está fazendo. A maneira mais fácil é ter uma ancora para se concentrar e usamos nosso corpo ou a respiração por sempre estar conosco, ser de fácil acesso e sempre nos conectam com o momento presente. Sempre que perceber que sua mente divagou, recoloque a tenção ao ponto original de sal concentração e isso é tudo.
Ao concentrar em apenas um objeto por vez, é normal que a mente se acalma e é nessa calma que podemos fazer as coisas de forma diferente com mais qualidade, foco e concentração. Desenvolver esta habilidade é a diferença entre ter uma mente que parece fora do controle para uma mente estável e em paz.
Todos estes exercícios nos ajudam a acalmar os pensamentos e juntamente com isto vem a clareza. E esta é uma grande oportunidade para começar a perceber padrões e tendências da mente que o que nos ajuda a fazer melhores escolhas de como quer viver a nossa vida. Ao invés de ser aniquilado pelas emoções e os pensamentos improdutivos, podemos reagir da forma que realmente desejamos.