Todos nós já estivemos lá. Tentando meditar, fechando os olhos e nos concentrando em nossa respiração, mas em poucos minutos nos encontramos planejando a lista de compras ou pensando em uma conversa de trabalho que tivemos mais cedo. O ato de meditar pode parecer simples à primeira vista, mas rapidamente descobrimos que manter o foco em um único ponto de atenção é incrivelmente desafiador.

Por que isso acontece? O que nos impede de atingir um estado meditativo pleno e que benefícios perdemos ao não conseguir fazer isso? É importante lembrar que a meditação é uma habilidade e, como todas as habilidades, requer prática para ser aprimorada. A dificuldade que encontramos é um componente essencial desse processo de aprendizado.

Lembrar e esquecer: O ciclo da meditação

A meditação envolve um ciclo contínuo de lembrar e esquecer. Começamos com uma intenção clara: manter nossa atenção na respiração. Mas, ao longo do caminho, nossos pensamentos se desviam. Esse é um comportamento comum, não apenas na meditação, mas em muitos aspectos da nossa vida. Três aspectos-chave compõem este ciclo: Intenção, Atenção e Atitude.

Intenção

Nossa intenção é o ponto de partida. É a decisão de seguir a respiração, de dar atenção ao momento presente. No entanto, é comum esquecer essa intenção durante a meditação. Podemos nos perder em pensamentos, planos, sonhos e até mesmo cochilos. E então, subitamente, lembramos de nossa intenção original e retornamos à respiração. Este ciclo de lembrar e esquecer nossa intenção é uma parte crucial da meditação.

Atenção

A atenção é a ferramenta que usamos para executar nossa intenção. No entanto, a atenção é como um farol desgovernado, muitas vezes sendo atraída por ruídos externos, dores corporais ou pensamentos intrusivos. Mas quando nos lembramos de nossa intenção, a atenção é trazida de volta à respiração.

Atitude

Por último, a atitude. Nossa atitude em relação à meditação deve ser amigável, curiosa e aceitativa. No entanto, muitas vezes esquecemos disso e nos tornamos impacientes ou irritados quando a meditação não está indo como esperado. Quando nos lembramos de trazer uma atitude de gentileza e curiosidade para a prática, a experiência da meditação se transforma.

Neuroplasticidade: a chave para o aperfeiçoamento da meditação

O processo de lembrar e esquecer não é um sinal de fracasso, mas sim uma parte essencial da prática da meditação. A cada vez que esquecemos e nos lembramos novamente, estamos reforçando as vias neurais associadas à intenção, atenção e atitude. É a repetição deste processo que permite a neuroplasticidade do cérebro – a capacidade do cérebro de mudar e adaptar-se.

Cada vez que nos pegamos vagando em pensamentos e voltamos à nossa intenção original, estamos construindo “músculos mentais”. É uma prática constante que nos permite cultivar a atenção plena e expandir nossa consciência.

Começar a meditar: não se trata de parar os pensamentos, mas de deixá-los passar

Ao contrário do que muitos acreditam, a meditação não se trata de interromper os pensamentos, mas de permitir que eles passem sem se apegar a eles. Quanto mais conscientes nos tornamos do conteúdo de nossa mente – pensamentos, sentimentos, sensações e impulsos – mais possibilidades de escolha temos em relação a eles.

Se você já tentou meditar e sentiu que “falhou”, espero que essas informações possam mudar sua perspectiva. Meditar não é uma questão de “sucesso” ou “fracasso”, mas um processo de lembrar e esquecer, um treinamento constante da mente.

Invista em você mesmo: participe do nosso programa de meditação

Para aprimorar ainda mais a sua prática de meditação, convido você a participar do nosso programa de meditação. Foi cuidadosamente projetado para guiar você através das dificuldades comuns da meditação e ajudá-lo a desenvolver um estado de atenção plena. Seja você um iniciante ou um praticante experiente, nosso programa pode lhe oferecer insights e técnicas valiosas para aprofundar sua prática. Acredite em você, invista no seu bem-estar e venha descobrir a paz interior através da meditação.