O “boom” do movimento feminista deixou as dificuldades da independência feminina ainda mais evidentes, mas também permitiu que milhares de mulheres entendessem fatores que nem sempre são evidenciados.
Dessa forma, vamos falar um pouco mais sobre como esse processo todo ocorre, problemas encontrados no caminho e também as principais crenças e traumas relacionados.
Assim, você pode entender melhor como isso prejudica a sua vida e saber o que fazer. Vamos lá!
Traumas e crenças – Como começa, mas nunca termina
Primeiramente, você precisa ter em mente que nenhuma das crenças e traumas que prejudicam a vida feminina são novos.
Pelo contrário: tudo é muito antigo!
A pressão estética, por exemplo, é um dos desafios mais falados e mais conhecidos, já que ocorre desde a infância e, cada vez mais, casa impactos gigantes.
Não à toa, já existem meninas, com menos de dez anos, diagnosticadas com quadros de depressão, distorção de imagem, bulimia e anorexia em muitos outros.
No geral, dizemos que isso é culpa das redes sociais, que estampam uma vida e corpos perfeitos, mesmo que a base de filtros e edições.
Entretanto, isso já existia antes das redes sociais, replicada continuamente pela sociedade.
Inclusive, se você gosta do assunto, vale a pena conferir a obra “O mito da beleza”, de Naomi Wolf.
Mas precisamos ir muito além da questão estética para conhecermos os traumas e crenças que cercam o público feminino.
Assim, as principais crenças incluem:
- Ideia de fraqueza (sexo frágil);
- Deve ser dependente de um homem;
- Ser recatada, educada e submissa;
- O homem sempre é mais inteligente;
- Deve ser sempre jovem, estar bem arrumada e bonita, etc.
Todas essas crenças causam uma sensação continua de a mulher não ser o bastante ou insuficiente, além de colocar você sempre em segundo plano.
Por exemplo, nas empresas, é comum que os gestores escolham um homem para a vaga, mesmo quando a mulher é mais qualificada ou tem mais experiência.
E as desculpas para isso são variadas, mas sempre existem perguntas que são feitas apenas para as mulheres, como ter ou não filhos.
Mas como isso gera um trauma?
As crenças podem ser direcionadas e/ou vim diretamente de você, mesmo de forma inconsciente.
Por exemplo, quantas vezes não pensou que seria melhor ter um homem ao andar na rua a noite?
Neste cenário, os traumas podem acontecer em decorrência de eventos que sejam marcantes ou traumáticos de alguma maneira.
Geralmente, existem diversos sentimentos e pensamentos negativos associados a uma situação.
Se você teve uma experiência ruim no trabalho, pode ser que isso faça com que você queira evitar trabalhar novamente naquela área, ou mesmo em outra. Isso é ainda mais comum em casos de assédio.
Da mesma forma, causa uma urgência em buscar proteção, amor ou valor, mesmo que de forma incorreta, como meio de ter alguma segurança.
Lentamente, você vai fechando-se do mundo e das pessoas, mesmo as melhores, vivendo constantemente com medo, em dúvida e mais.
Tudo isso pode começar ainda na infância, mas se estender pela vida adulta.
Dificuldades da independência feminina – Descobrindo as relações
Enfim, todos os traumas e crenças impactam na forma como você lida com a sua vida, nas possibilidades que busca e até nas oportunidades que aproveita (ou não).
Exemplo disso são alguns dos mitos referentes a finanças relacionadas ao público feminino, como:
- Mulheres são muito consumistas;
- Não sabem lidar ou gerir o dinheiro;
- Pensam de maneira emocional;
- Não sabem ser racionais, etc.
Claro que tudo isso é uma grande mentira, inclusive documentada em vários estudos, já que o público feminino vem liderando o mercado de investimentos.
Assim começam as dificuldades da independência feminina.
Mesmo com todas as conquistas alcançadas até hoje, as crenças, traumas e mitos impedem que muitas cheguem onde deveriam chegar.
Afinal, alguns ainda acreditam que a mulher deve ficar em casa, cuidando dos filhos e da casa, fazendo as refeições do marido.
Sem considerar, é claro, que muitas não querem filhos, não querem casar ou simplesmente querem ter um futuro brilhante por conta própria.
A independência gera medos
Ser independente significa cuidar de si mesma, dos próprios problemas, lidar com o que aparecer e fazer o que realmente quer, sem colocar a opinião do outro sobre a sua vida.
Dessa forma, não é algo fácil ou rápido, mas que pode demorar anos para ser alcançado.
Neste processo, você vai lidar com todos os seus medos: de ser julgada, de ficar sozinha ou mesmo de afastar pessoas que antes eram amadas.
Ao mesmo tempo, isso garante que você se torne protagonista da sua história, tomando as decisões e deixando que os outros falem e lidem com o próprio pessimismo.
Mas calma! Medo não quer dizer sempre que algo ruim está para acontecer, como nos filmes.
O medo pode surgir quando você não conhece o caminho, quando está se especializando em alguma área ou descobrindo-se.
Vale destacar algumas histórias contadas no Correio Braziliense sobre o tema. Confira.
Faça: mesmo com todas as dificuldades da independência feminina
Assim, mesmo que você tenha medo, ainda que não tenha certeza sobre os resultados, é importante fazer a sua vida acontecer.
Então, é essencial começar a acreditar em si, dar os primeiros passos em direção a mudança e não ter medo de lidar com suas dores.
Na constelação familiar, por exemplo, trabalhamos com uma série de questões diferentes, advindas de gerações.
Logo, você desenvolve as melhores ferramentas para resolver conflitos, considerar suas relações e núcleos de convivência e muitos outros fatores.
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Vamos começar a mudança juntas, manifestar o amor-próprio, buscar relações realmente saudáveis e ser quem você realmente é. Fico esperando você!